O Que Darwin Não Sabia

O renomado biólogo evolucionista Armand Marie Leroi percorre os 150 anos de "A Origem das Espécies", a fim de demonstrar, assim como Darwin previra, que a gerações subsequentes de cientistas iriam completar o seu trabalho e provar a verdade basilar da sua tese.

Um comentário:

  1. O final do documentário é otimista e excessivamente ingênuo.
    Deixando de mencionar, por exemplo, a epigenética (e construção de nicho). A evolução de tais sistemas depende de uma interação bidirecional entre os organismos e o ambiente. Da mesma forma que o ambiente molda a evolução dos seres vivos, os seres vivos moldam o ambiente e assim o ciclo vai, a escala de tempo e espaço em que isso ocorre é bem variável...
    A estocasticidade na evolução é um fenômeno tanto de curto como de longo prazo e as taxas de evolução são muito instáveis, por exemplo, a extinção de espécies chaves desencadeam uma cadeia de eventos imprevisível (alterando a direção e velocidade de evolução das diferentes espécies). Não temos como saber exatamente quando acontecerá um evento chave que desencadeie a extinção de uma espécie "chave" do ecossistema. A comparação que ele faz com o clima é demasiadamente simplista. Enquanto o clima na terra é em sua maior parte previsto pela posição da Terra em relação ao sol e sua atmosfera em uma escala gigantesca (com o principal fator bem previsível que é a posição da terra em relação à sua estrela). A evolução da vida depende de fatores em escalas muito diversas (do micro ao macro) e com propriedades emergentes e sinérgicas. Por exemplo, os efeitos da alteração de um micro-habitat podem ser muito amplificadas.
    Sem falar em casos de hibridação entre espécies e outras anomalias (e catástrofes) difíceis de prever...

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